Banca europeia cai arrastada pelo imposto aplicado ao sector em Itália

Governo italiano aprovou na segunda-feira um imposto de 40% sobre os lucros extraordinários dos bancos, limitado aos anos de 2022 e 2023 e não superior a 25% do seu património líquido.

Os bancos europeus caíram pouco depois do meio-dia cerca de 3%, afetados pelo imposto que a Itália decidiu aplicar ao sector e pela descida da notação da dívida de várias entidades norte-americanas pela agência Moody’s.

O governo italiano, de Giorgia Meloni, aprovou na segunda-feira um imposto de 40% sobre os lucros extraordinários dos bancos, limitado aos anos de 2022 e 2023 e não superior a 25% do seu património líquido, cujas receitas serão inteiramente utilizadas para “apoiar a compra de hipotecas e a redução de impostos”.

Os bancos do índice europeu Stoxx 600 perdiam, em média, 2,75% a esta hora, com os bancos italianos a liderarem a queda, com o Banca Popolare de Emilia Romagna a perder 9,25%.

Nenhum dos 40 bancos do índice estava a subir. O FinecoBank vinha a seguir, com uma queda de 8%, enquanto o Intesa SanPaolo perdia 7,81%, o BMP, 7,23%, e o Unicredit, 6,43%.

Seguiram-se outras instituições com perdas menores, como o Commerzbank, que desceu 3,86%, enquanto o Bank Polska Kasa Opieki perdeu 3,84%.

Os bancos espanhóis lideraram as perdas da bolsa nacional, com o Banco Santander a cair 3,33%, a maior queda do índice IBEX 35, a Unicaja a descer 2,98%, o BBVA, 2,78%, o Bankinter, 2,24%, e o CaixaBank, 1,98%.

Às 12h00 em Lisboa, na Bolsa de Lisboa, as ações do BCP, único banco que integra o PSI, lideravam as perdas e estavam a cair 4,46% para 0,24 euros.

O sector bancário também estava a ser prejudicado pela decisão de baixar a notação da dívida de várias instituições norte-americanas pela agência de avaliação de risco Moody’s.