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Folhetim

As mudanças em Belém e São Bento em 2026 configuram uma oportunidade de mudança. Mas não é nada claro que, pelo menos no plano legislativo, as coisas mudem muito. Mesmo acreditando, como Montenegro acredita, que pode lá chegar em 2026, a pergunta para um milhão de dólares é como pretende a direita apresentar-se ao eleitorado, sabendo-se que, pelo menos ao dia de hoje, é totalmente impensável um governo de direita sem o PSD, a Iniciativa Liberal (IL) e o Chega. Como já escrevi, pode acontecer uma tempestade perfeita (candidato fraco do PS, PSD com uma liderança especialmente combativa e resistente, IL e Chega a crescerem na “proporção certa”) e o PSD voltar a ter responsabilidades de chefias governativas, mas o que me parece quase impossível é que isso seja possível sem o Chega. Que, sabiamente, vai sendo demonizado pela esquerda, mansa com o Bloco e com o PCP, mas histérica com o Chega. Porquê? Obviamente, para não permitir ao PSD uma solução governativa, mantendo-se o statu quo ou, dito de outra forma, a eternização do PS e da esquerda no governo da nação.

O casamento para a vida toda ou com letras miudinhas

Continuamos, porém, a registar taxas de divórcio diabólicas, sempre numa proporção de 2 divórcios em cada 3 casamentos (já não falo dos 92% de divórcios no ano de 2020 porque, aí, com a pandemia e a diminuição do número de matrimónios poderíamos ter um empolamento sem correspondência à realidade). Se acrescentarmos as uniões de facto, mesmo existindo menos ou nenhuns dados, podemos presumir que os números seriam ainda mais volumosos tendo em conta a inexistência de barreiras económicas e jurídicas à saída.

Música… floco de neve?

Eu gosto de música que me faça ficar mais contente. Que nos deixe mais bem-dispostos. Que evoque as nossas façanhas. Enfim, que nos faça sentir melhor.

Vai o PSD a tempo?

Com mais ou menos derivações, a questão política coloca-se em torno desta equação: como proporcionamos às pessoas melhores condições de vida.

Para que serve o Presidente da República?

Não há chocolates para quem adivinhar qual o único país do mundo que achou interessante a ideia de um semipresidencialismo: Portugal, pois claro. Enfim, a Finlândia tem um sistema próximo desta matriz híbrida, mas com uma cultura política completamente diferente. A ideia do legislador constituinte português era dotar o Presidente da República de um conjunto de poderes de conformação que, não lhe permitindo governar ou fazer leis, eram instrumentos poderosos para zelar pelo regular funcionamento das instituições. O Presidente da República tem, praticamente, o monopólio da iniciativa da fiscalização preventiva da constitucionalidade dos diplomas (com excepção das leis orgânicas e dos diplomas regionais), tem um poder de veto (que no caso dos decretos emanados pelo governo é absoluto) e tem a possibilidade de demitir o governo e, sobretudo, de dissolver a Assembleia da República, poder este que praticamente não tem limites – a não ser de origem formal (audições) e temporais (não pode dissolver a AR nos primeiros seis meses da legislatura nem nos últimos seis meses do mandato presidencial). É igualmente o único órgão de soberania que é eleito por sufrágio directo e universal, gozando assim de uma legitimidade política reforçada que lhe dá a devida cobertura para o exercício desses poderes.

A adaptação hedónica e a novidade como a chave para a felicidade

Na verdade, um vencedor do Euromilhões, após um momento de euforia, automaticamente reprograma as suas necessidades e objectivos de acordo com a sua nova disponibilidade financeira. Dessa forma, passado alguns meses – no máximo, um par de anos –, o tipo de actividades que agora pode fazer já não lhe trazem incrementos de felicidade; enfim, passaram a ser a sua rotina. Muitas pessoas, quando findam uma relação amorosa e voltam, abertamente, ao mercado, experimentam uma sensação de excitação na consumação das primeiras relações sexuais com novos parceiros, mas, à medida que o tempo vai passando, o incremento de felicidade passa a ser mais baixo até se voltar a um nível de felicidade igual ao anterior. Enfim, a primeira vez que assistimos ao jogo da nossa equipa no estádio é inesquecível. Se adquirirmos um bilhete de época e formos ver os desafios ao estádio numa base quotidiana, não temos sequer vislumbre de memória do Benfica-Paços de Ferreira da época 2019/20.

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