Desde 1999 que a bolsa nacional dizima as carteiras dos pequenos investidores a uma velocidade feroz, mas há duas épocas no ano em que serve almoços grátis. Uma delas arrancou há poucas semanas e prolonga-se até meados de Fevereiro.
Apesar de os fundos imobiliários terem conseguido oferecer ganhos reais acima dos 3% nos últimos três anos, os investidores que neles aplicaram as suas poupanças durante a última década continuam com os seus investimentos abaixo da linha de água.
Embora os preços das casas na capital sejam hoje mais elevados do que em 2018, o mercado revela-se mais apelativo do que há três anos para quem quer investir num imóvel com o intuito de o colocar no mercado de arrendamento.
Nos últimos três anos, o preço do metro quadrado dos imóveis na cidade da margem sul do Tejo disparou 56%e as rendas aumentaram 45%. Nenhuma outra no país registou uma explosão tão expressiva no custo da habitação.
A estrutura accionista das empresas cotadas na Euronext Lisboa continua a ser concentrada em muito poucos investidores, criando um grupo restrito de duas dezenas de poderosos onde sobressaem as famílias Soares dos Santos, Amorim, Queiroz Pereira e o capital chinês.
Na última década, o custo do financiamento de Portugal nos mercados internacionais baixou para metade, mas os juros pagos anualmente pelo Estado foram reduzidos em pouco mais de um quinto. Como será quando os juros começarem a subir?