Mas endoideceu tudo? Não compreendemos o grau de stresse, ansiedade e drama que esta emergência comporta? Portugal já tem uma elevadíssima taxa de mortalidade materna (a maior nas últimas quatro décadas) e ainda juntamos estes factores à equação? Assim é difícil haver sorte que resista ao gigante desafio imposto a estas mulheres e a estas famílias.
Por tudo isto, haja um, dois ou dez casos de “empreendedorismo” paralelo criminoso que possamos vir a conhecer neste seio, eles nunca serão (ou deverão ser) aptos a questionar a necessidade e a capacidade das nossas forças. Não serão, com certeza, espelho da maioria, e terão a respectiva justiça aplicável e aplicada.
Somos o país do orçamento mínimo de todas as instituições de que necessitamos desesperadamente: da saúde que não tem gestão racional e capaz; da educação que não aposta no que deve; da segurança que não é apta a pagar o risco.
Meses e meses de repetição exaustiva de “a direita está fragmentada” e “a direita está desunida”, de indefinição, de desgosto e de desilusão dos militantes e dos portugueses trouxeram-nos aqui: chegada a hora em que a direita é chamada a ser alternativa forte, real e de confiança, o timing esbarra com lutas internas mais ou menos legítimas e embate de frente com a democracia própria dos tradicionais partidos deste espectro e de quem precisamos. Haja azar.
Eu sou permanente adepta e sempre parte da claque do trabalho, esforço e dedicação como forma de alcançar mais, de atingir objectivos, de subir na escala que traçamos para nós. E, claro, as condições de partida são relevantes neste percurso.