O Idai e o Kenneth não são meus patrícios. Pelo contrário. Passaram na minha terra e devastaram tudo. Seiscentos óbitos; 223.947 casas destruídas; 2,5 milhões de necessitados; 1,3 milhões de crianças a pedirem ajuda. No meio destes números, a cidade onde nasci ficou destruída e o que se salvou fica agarrado a um triste epíteto: “Já não é o que era.”
A guerra deixou de ser uma desculpa para não se fazer o que quer que seja. E a paz passou a ser uma desculpa para se fazer tudo. Quiséramos que fosse assim tão fácil. Num ápice. Um estalar de dedos e as mentalidades reconciliavam-se.
Ora o documento já está na posse do Presidente da República há quase duas semanas, que se justifica: “Eu disse que haveria uma análise ao nível do Estado através do governo. Assim que eu puder estar com o senhor primeiro-ministro, partilharei e faremos essa análise em momento próprio, diremos então o que nos toca sobre esse relatório”.
Aos 91 anos, deixa-nos o fundador do Grupo Nabeiro, Rui Nabeiro. A entrevista que concedeu à Forbes, cheia de histórias e memórias, motivou uma capa que fica como referência deste grande empresário português.
O tema tem vindo a aquecer em São Tomé e Príncipe. Delfim Neves aponta o dedo e lamenta a atitude dos responsáveis “do Estado que precipitadamente fizeram declarações fúteis e de muita irresponsabilidade, e antes mesmo da conclusão falaram de golpe de Estado, citaram nomes de pessoas envolvidas (…), e hoje fica provado que não é minimamente verdade aquilo que disseram”, recorda o político, acrescentando: “O Presidente da República e o primeiro-ministro não podem falar de forma irresponsável sobre um processo que ainda estava em curso. Vamos agora verificar se o primeiro-ministro tem a maturidade de pedir desculpas públicas da acusação que fez contra Delfim Neves”.
Estive no Mindelo. Antes da grande festa do Carnaval e, rua acima e abaixo, conheci a ilha real, sem o glamour da grande festividade, sem os batuques, sem o palco. Vi, sim, um outro brilho.