Nos primeiros e segundos ciclos é necessário, sem receios ideológicos, reforçar o desenvolvimento de projectos que incrementem e estimulem com inovação os valores do empreendedorismo, da liderança e da responsabilidade social e cultural. Assegurar o ingresso e a conclusão de um curso superior é hoje uma condição necessária para evitar a possibilidade de estagnação ou despromoção social. As instituições do ensino superior devem dinamizar permanentemente a interligação com o mercado de trabalho e adequar as suas ofertas formativas às necessidades territoriais.
Numa semana em que ouvimos o primeiro-ministro dizer que “o aumento das idas de doentes aos serviços de urgência é um sinal de recuperação do Serviço Nacional de Saúde”, devemos ficar preocupados; tais afirmações revelam falta de noção da realidade. As urgências dos hospitais estão repletas de pessoas com falsas urgências, colocando em risco a assistência a doentes graves, e isto só acontece por falta de meios nos centros de saúde.
Portugal, nos últimos seis anos, foi, em diversos indicadores, ultrapassado por cinco países da União Europeia. Se recuarmos a 2004, e compararmos os dez países que entraram na UE, sendo oito da Europa de Leste, podemos verificar que estão, todos, a ultrapassar Portugal no PIB per capita. Se reflectirmos sobre os últimos seis anos e efectuarmos uma análise crítica e justa, estamos perante um Governo repleto de fracassos e escândalos políticos. Qual a marca de Costa? Qual a sua visão estratégica para Portugal? Quais os investimentos prioritários realizados ou planeados? A sua prioridade é a justiça? É a inovação? É o ambiente? São as políticas sociais? Em coerência, e com a verdade da nossa consciência, não conseguimos apresentar uma resposta clara, fica um enorme vazio. Sobram os discursos floreados, a propaganda política sem qualquer consequência positiva para o aumento da qualidade de vida dos portugueses.