Associação de Discotecas diz ser “o momento” para reabrir espaços ao ar livre
Espaços de diversão nocturna e bares estão fechados há mais de um ano devido à pandemia de covid-19.
A Associação Nacional de Discotecas (AND) considerou esta quinta-feira ser já “o momento” para uma reabertura gradual dos espaços de diversão nocturna e bares, fechados há mais de um ano devido à pandemia de covid-19.
Em declarações à Lusa, o presidente da AND, José Gouveia, reconheceu que esta quinta-feira ainda não deverá haver “grandes alterações” quando forem apresentadas pelo Governo as medidas no âmbito da próxima fase de desconfinamento, mas “somente uma menção de que ainda não é o momento”.
“Na nossa análise que temos feito ao longo dos últimos meses, pensamos que este já é o momento para que, pelo menos de forma gradual, se faça a reabertura e que se acabe com este confinamento por parte das discotecas”, disse.
O empresário considerou que devem começar por reabrir os espaços ao ar livre, como os pequenos bares nos centros da cidade, dando como exemplo o Porto ou Lisboa (Cais do Sodré ou Bairro Alto).
“Os pequenos bares que albergam 30/40 pessoas podem reabrir de imediato. E os espaços de diversão nocturna ao ar livre, quando estamos a falar de desporto ao ar livre, de concertos ao ar livre, de toda a parte cultural, espectáculos, etc., não faz sentido não haver espaços de diversão nocturna ao ar livre abertos”, referiu.
O responsável frisou estar ciente de que a reabertura poderá implicar “algumas restrições”, exemplificando com os horários.
“Mas todas as restrições e medidas a tomar nesta matéria podem ser exequíveis para os empresários”, sublinhou.
Segundo José Gouveia, com a chegada do verão os estabelecimentos ‘indoor’ já terão também “espaço para abrir”.
“O importante é começar a abordar o tema junto da Direcção-Geral de Saúde, junto de outras associações que já fizeram igualmente o apelo. É preciso encontrar consenso para começar, efectivamente, a retomar a actividade”, disse.
Os bares e as discotecas em Portugal continental encontram-se encerradas desde Março de 2020, quando o primeiro caso de covid-19 foi diagnosticado no país e o presidente da República decretou o primeiro estado de emergência.
O Conselho de Ministros decide esta quinta-feira as novas medidas de desconfinamento, esperando-se que a generalidade do continente avance para a quarta e última fase do plano de desconfinamento a partir de 3 de Maio.
Em Portugal, já morreram 16.973 pessoas com covid-19 dos 835.563 casos de infecção confirmados, segundo a Direcção-Geral da Saúde.
A pandemia de covid-19 matou até esta quinta-feira pelo menos 3.152.646 pessoas no mundo desde o final de Dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias AFP a partir de fontes oficiais.
A doença é transmitida pelo SARS-CoV-2 detectado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.