Ângelo Correia: “O CEMGFA comanda mas não manda”
Ângelo Correia defende a nova proposta de Lei Orgânica das Bases da Organização das Forças Armadas, que reforça os poderes do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA).
A figura do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) a concentrar os poderes dos chefes da Marinha, Força Aérea e Exército tem sido alvo de críticas públicas por antigos oficiais.
Ângelo Correia, histórico militante e fundador do PPD/PSD, rebate as críticas e defende a nova proposta da Lei Orgânica das Bases da Organização das Forças Armadas, que o governo aprovou, com o apoio do PSD. “O CEMGFA comanda mas não manda. Manda com, ouve. Os chefes de estado maiores dos ramos não estão ausentes da preparação, da formulação e da decisão”, afirma.
“As novas leis de defesa nacional correspondem ao programa eleitoral do PSD e ao que tem sido a evolução nas Forças Armadas. Não se trata de uma proposta de alteração mas de um alinhamento com reformas que se têm vindo a verificar por toda a Europa”, sublinha Ângelo Correia.
A comissão parlamentar de Defesa vai hoje apreciar a proposta de Lei que aprova as Grandes Opções para 2021-2025 bem como os relatórios de Execução da Lei de Programação Militar e da Lei de Infraestruturas Militar.
Para Ângelo Correia há uma “unanimidade política” entre o PS e o maior partido da oposição sobre a necessidade de concentrar mais poderes no CEMGFA. “Esta formulação nova traduz uma necessidade de Portugal ter o melhor e mais capaz produto operacional das Forças Armadas respondendo às necessidades da maior responsabilização do comando, maior celeridade de decisão, de criar transparência da mesma e na relação de custos financeiros e entropias dentro das Forças Armadas”.