Ana Jorge vai ser ouvida no parlamento sobre as contas da Misericórdia de Lisboa
Grupo parlamentar do PSD requereu a presença na Assembleia da República da provedora Ana Jorge e da ministra Ana Mendes Godinho para que esclareçam as contas da Santa Casa.
O parlamento aprovou houve a audição da provedora da Misericórdia de Lisboa, Ana Jorge, e a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, a propósito das contas da Instituição gestora dos jogos sociais em Portugal. O requerimento foi apresentado pelo PSD.
As dificuldades financeiras são já conhecidas, tendo levado, inclusive, a provedora a ameaçar cortes no financiamento de que gozam diversas modalidades desportivas, decisão que depois reverteu.
Os deputados da bancada laranja, no requerimento a que o NOVO teve acesso, referem que “a forma como é realizada a gestão do património da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, e particularmente dos jogos sociais, merece o interesse transversal de várias áreas governativas e consequentemente dos portugueses”.
Neste sentido, entendem que, “apesar de se precipitarem decisões de gestão com base na atual situação económica financeira, permanece a resistência do governo em explicar os sinais de preocupação que foram detetados, levando à falta de clareza sobre a dimensão do problema que a Santa Casa da Misericórdia atravessa”.
Lembram os deputados que “a decisão da Senhora Ministra do Trabalho e Segurança Social que determinou a realização de uma reavaliação dos Relatórios de Gestão e Contas referentes aos anos 2021 e 2022 da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para “garantir total transparência”, bem como a avaliação independente à Santa Casa Global devido a preocupações económicas financeiras, são demonstrações evidentes de uma preocupação com a atual condição económica financeira da instituição”.
Referem, em seguida, que, no mês de agosto, a “provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa assumiu que existem dificuldades que podem levar a “algum sofrimento interno” para que sejam ultrapassadas”, sublinhando que “estas afirmações surgiram depois de ter sido revertida a decisão de diminuir os apoios a diferentes entidades na área do desporto”.
Assim, “atendendo a que a instituição dá respostas sociais de enorme importância”, o grupo parlamentar do PSD considera “urgente esclarecer a real situação da Santa Casa” e, neste sentido, solicitou ao presidente da Assembleia da República a audição, com “caráter de urgência” da provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.