Ana Gomes condenada a pagar mais de 10 mil euros por difamar Mário Ferreira
Antiga embaixadora e ex-eurodeputada terá de pagar uma multa de 2.800 euros e uma indemnização de 8 mil euros por danos não patrimoniais.
Ana Gomes foi condenada, esta sexta-feira, por difamar o empresário Mário Ferreira. A antiga embaixadora e ex-eurodeputada terá de pagar ao empresário uma multa de 2.800 euros e uma indeminzação de 8 mil euros por danos não patrimonais.
Em causa está um tweet, de 7 de abril de 2019, em que Ana Gomes apelida Mário Ferreira de “escroque/criminoso fiscal” e outras considerações feitas durante o espaço de comentário semanal que a ex-eurodeputada tem na SIC Notícias.
Custa ver @antoniocostapm tratar como gde empresário notório escroque/criminoso fiscal Mário Ferreira,ao lado d capangas presenteados c/ #ENVC por gov Passos/Portas/AguiarBranco. @mariofcenteno e DGAT lá sabem porq nunca reagiram a minhas cartas s/vigarice venda navio #Atlântida!
— Ana Gomes (@AnaMartinsGomes) April 7, 2019
Os comentários de Ana Gomes surgiram na sequência das investigações em que Mário Ferreira – dono do grupo Mystic Invest/Douro Azul e da Media Capital, proprietária da TVI – se encontra envolvido, relacionadas com a subconcessão dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e outros negócios de navios.
Durante a leitura da sentença, no Tribunal do Bolhão, no Porto, a juíza começou por frisar que neste julgamento apenas esteve em causa a utilização da expressão “escroque”.
“Com a expressão, a arguida quis atingir o empresário bem como o cidadão, abalando a sua credibilidade, pintando como um homem que vigariza. Uma coisa é criticar, outra é atingir. Lendo o tweet, tal expressão era totalmente desnecessária”, afirmou a juíza, citada pelo Jornal de Notícias.
Durante as alegações finais, o Ministério Público considerou que Ana Gomes quis “atingir” o empresário quando o apelidou de “escroque/criminoso fiscal”. No entanto, tinha deixado à consideração do tribunal se o juízo de valor feito por Ana Gomes era justificável ou podia ser evitado, algo a que a juíza respondeu na sentença final.
O NOVO tentou contactar Ana Gomes para obter uma reação a esta condenação, mas não teve resposta até à hora de publicação deste artigo.