Álvaro Amaro renuncia a mandato no Parlamento Europeu

Decisão surge depois de ter sido condenado a três meses e meio de prisão, com pena suspensa, por um caso que remonta a 2007, quando era presidente da câmara de Gouveia.

Álvaro Amaro anunciou que vai renunciar ao cargo como eurodeputado, depois de ter sido condenado a três meses e meio de prisão, com pena suspensa, por um crime de prevaricação.

O eurodeputado social-democrata garante estar de “consciência totalmente tranquila”.

“Sei que não cometi qualquer crime e que sempre exerci as minhas funções no estrito respeito pela Lei e pelos superiores interesses dos cidadãos que me elegeram”, garante em comunicado. Nesse sentido, vai recorrer da sentença, para procurar “repor a verdade e reparar a honorabilidade pessoal e política”.

“Esta decisão causou-me enorme perplexidade e indignação por ser profundamente injusta, por constituir um grave erro de julgamento e não ter a menor adesão à realidade dos factos”, revelou em comunicado. “Repudio uma condenação apoiada numa denominada intenção de beneficiar uma empresa de construção civil com obras que a Câmara de Gouveia não adjudicou nem pagou a tal empresa e que até preteriu nos concursos públicos que se seguiram para a execução dessas mesmas obras.”

O caso em questão remonta a 2007, quando Álvaro Amaro era presidente da Câmara de Gouveia. Luís Tadeu, seu vice-presidente na altura e actual autarca, recebeu semelhante sentença.

Com a renúncia de Álvaro Amaro, Carlos Coelho regressa ao Parlamento Europeu, a um ano das eleições europeias.