A minha namorada açoriana
Hoje nem quero falar de bola. Como o Benfica jogou com o Santa Clara, vou antes falar da namorada açoriana que tive.
Se dúvidas houvesse de que o Benfica é um clube adorado por todos, hoje dissiparam-se. Mal o Santa Clara se apercebeu de que os encarnados andavam à procura do golo, pimba, marcou por eles. A bem da verdade, amigo dos adversários como foi na primeira volta, o Benfica merece essa solidariedade.
Depois disso, o jogo foi uma miséria. É que só se safou o Grimaldo. E como o jogo foi tão mau e ele é tão pequeno, a origem da palavra “anão” deveria ter surgido hoje. Quem a inventou, devia ter visto o jogo de hoje e por as mãos na cara: “Ah não…”
Tanto que eu hoje nem quero falar de bola. Como o Benfica jogou com o Santa Clara, vou antes falar da namorada açoriana que tive.
Há uns anos, namorei com uma jovem dos Açores. Estava sempre chateada, era pouco Graciosa. E era tão feia que só conseguimos fazer amor à Terceira. Mas tinha dentes bonitos, tanto que o meu amigo Jorge me perguntou: “É placa? Não são dentes verdadeiros, pois não?” E eu: “São, Jorge”.
Ela ria-se como um Corvo e eu pensei: “Santa Maria, isto vai ser cá um Pico d’obra…” O que vale é que ela gostava de cinema picante. Vimos o Instinto Faial e, como aquilo tinha romance, ela queria que eu lhe desse Flores a torto e a direito. Isso chateava-me mas depois, como acabei por lhe conseguir mostrar a minha Ponta Delgada, lá fomos felizes.
Desculpem os meus queridos leitores mas hoje tem que ser assim. O jogo foi tão mau que estava a precisar de desabafar. E nada melhor que me lembrar de uma ex-namorada para isso.
*Comediante e adepto do Benfica