Augusto Santos Silva considera “um erro” dissolver o Parlamento consoante as sondagens Augusto Santos Silva considera que o primeiro-ministro “tem todas as condições” para assegurar o mandato até 2026, contando com a “colaboração institucional” do Presidente da República, a par da maioria ganha em Janeiro de 2022.
Agência de Inovação: IL quer ouvir presidente demissionária e ministros após “acusações graves” Presidente da Agência Nacional de Inovação demite-se, queixando-se de uma “crescente dificuldade em receber orientações da tutela” e de “falta de interacção” com os ministérios da Economia e do Ensino Superior sobre matérias que “têm claro impacto no desenvolvimento e promoção de políticas públicas de inovação”. Iniciativa Liberal considera as acusações “graves” e quer ouvir presidente demissionária e ministros.
Incêndio na Mouraria deve servir “para sacudir as nossas consciências”, diz Santos Silva O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros lembrou que “a habitação digna é um direito de todos” e foi amplamente criticado no Twitter.
Tribunal de Contas vai analisar gestão da TAP desde Julho de 2017 O período de incidência da nova auditoria começa em 1 de Julho de 2017, após recompra de 50% do capital da TAP, nesse ano, pelo governo socialista, incidindo sobre a gestão da TAP desde esta data, o que abrange a nacionalização, em 2020, e as injecções públicas de 3,2 mil milhões de euros. A revelação foi feita ao JE por fonte oficial do TdC que dá conta de que as questões remuneratórias, como o caso da indemnização de 400 mil euros a ex-gestora ou do bónus milionário até 3 milhões à CEO da companhia são apenas “uma parte acessória” do objecto da nova auditoria. “Gestão em geral” está na mira da entidade que fiscaliza as contas públicas.
Portugal já perdeu quase 650 milhões com atraso na decisão do novo aeroporto O cálculo é realizado desde 14 de julho e atualizado ao segundo no contador eletrónico que foi hoje inaugurado na 2.ª circular, em Lisboa, junto ao Aeroporto Humberto Delgado, sendo resultado de um estudo da CTP com a EY.
Christine Ourmières-Widener Finanças desconheciam bónus de três milhões acordado com CEO da TAP O antigo ministro João Leão não teve conhecimento do montante do bónus da CEO da TAP que consta do contrato assinado a 8 de junho de 2021.
Turquia: equipa portuguesa parte quarta-feira para apoiar busca e salvamento “Nas próximas horas, uma equipa de 53 elementos da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil, integrada por elementos da UEPS (Unidade de Emergência de Protecção e Socorro) da Guarda Nacional Republicana e também por elementos da emergência médica, sairá do nosso país para se juntar aos esforços europeus de cariz humanitário de protecção civil e, muito particularmente no caso do apoio português, no âmbito da busca e do salvamento”, disse hoje o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.
Balanço do sismo na Turquia e na Síria ultrapassa 5 mil mortos As últimas informações fornecidas pelo vice-presidente turco fazem aumentar para 5.021 o número de vítimas mortais no conjunto dos dois países, visto que a Síria confirmou hoje a morte de 1.602 pessoas.
Livros Exercício de surrealismo muito distante da bulgaridade Para as personagens de “O Púcaro Búlgaro” nem sequer é claro que exista o país da Catedral de Alexandre Nevsky, um dos símbolos de Sófia.
Cultura A “birra” de Adão e Silva e o risco de extinção para companhias de teatro O concurso de apoio sustentado da Direcção-Geral das Artes (DGArtes) para a área do teatro tem gerado críticas de várias companhias, entre as quais estruturas históricas, que foram consideradas elegíveis pelo júri, mas ficaram sem apoio.
Mercado de transferências Janeiro mostrou como Portugal forma, potencia e exporta como muito poucos Mais uma janela de mercado em que o trabalho dos clubes portugueses sai reforçado. O Benfica, em seis meses, valorizou Enzo Fernández, o jogador mais caro comprado por um clube da Premier League. O SC Braga vendeu Vitinha por 32 milhões ao Marselha e nestas contas não entra ainda Pedro Porro, cuja transferência só se efectiva a partir de 1 de Julho.
Óbito Meszaros foi cremado esta sexta-feira em Budapeste Antigo guarda-redes do Sporting faleceu a 9 de Janeiro último mas só passados 25 dias deram-se as exéquias fúnebres em Budapeste. Por cima do caixão foi exibida uma camisola do Sporting.
Entrevista Maria Cerqueira Gomes: “O público é tudo menos burro” Recrutada no Porto Canal para substituir Cristina Ferreira nas manhãs da TVI, Maria Cerqueira Gomes aceitou o desafio quando já não esperava “dar o salto”. “Muitas gostariam de estar no meu lugar, por um lado, mas, por outro, agradeceram muito por não estarem”, diz a apresentadora de 39 anos, que enfrentou uma “avalanche” ao lado de Manuel Luís Goucha e adora fazer dupla com Ruben Rua. E que, para estar mais tempo com a família, está sempre a trocar o automóvel que conduz entre Porto e Lisboa, três a quatro vezes por semana.
Mercedes-Benz.io Mercedes-Benz.io criou programa “Campus Promoters” para promover ligação com o talento do futuro A iniciativa estabelece uma aproximação à realidade do mercado de trabalho tech em Portugal. Programa foi criado em parceria com o ISCTE e o Instituto Superior Técnico, mas prevê a expansão para mais universidades e associações em Portugal e na Alemanha.
Opinião Selfies ou soluções? Há dias, as notícias referiram um ataque a um jovem nepalês residente em Olhão. O Presidente da República, provavelmente motivado por mais uma hipótese de coleccionar uma selfie, rapidamente montou o seu cenário teatral e repudiou indignado um acto que, segundo ele, traduz xenofobia e intolerância. Sabemos hoje que o jovem nepalês foi assaltado (e brutamente agredido), o que podia ter acontecido a um jovem de qualquer nacionalidade. Transformar este caso num caso isolado de um grupo xenófobo, em que o Presidente da República dispara alertas para pais e educadores, é desculpar a responsabilidade dos nossos governantes. Todos sabemos que o problema da falta de mão-de-obra é enorme e que não é um problema exclusivo de Portugal. Temos a grande vantagem de ser um país seguro, o que nos torna atractivos para os jovens estrangeiros que procuram um local onde possam trabalhar, constituir família e não ter como tema central das suas vidas aquilo que, muito provavelmente, têm nos seus países de origem, que é a segurança. Estes jovens, cheios de sonhos, chegam a Portugal na esperança de construir um futuro mais risonho para as suas famílias, mas, afinal, o que os espera por cá? Para começar, a total incapacidade de encontrar habitação condigna. Todos nos lembramos das habitações dos trabalhadores das famosas estufas de Odemira. Aos nossos governantes, dá muito jeito que se fale apenas de Odemira, como se de um caso isolado se tratasse. Mas todas as cidades em Portugal começam a ter situações muito semelhantes. Em Lisboa, no fim-de-semana passado, deflagrou um incêndio num prédio num dos bairros típicos da capital. Segundo dados da protecção civil, morreram duas pessoas e ficaram desalojadas 22. Nas primeiras noticias ninguém sabia ao certo quantas pessoas viviam nesse prédio. Lembro-me, como todos certamente se lembrarão, do escândalo que foi quando todos vimos as imagens das condições de habitação dos trabalhadores estrangeiros em Odemira. O que é diferente aqui? Não termos visto as imagens? Ser na capital? Gostaria de perguntar ao Sr. Presidente da República se o incêndio que matou estas pessoas também é um incêndio xenófobo, ou se vai finalmente perceber que os jovens trabalhadores estrangeiros que estamos a receber em Portugal estão efectivamente em situações precárias e perigosas. Está na hora de pararmos com desculpas. Está na hora de assumir responsabilidades. Não pode ser aceitável que jovens trabalhadores que escolhem Portugal para viver e trabalhar, e que tanta falta fazem à nossa economia e ao nosso crescimento, sejam obrigados a viver sem condições dignas. Está na hora de assumir que erramos e que, como não soubemos definir as nossas prioridades, a habitação é hoje um dos nossos maiores problemas e um dos maiores entraves ao crescimento. Está na hora de alterar as políticas de habitação para que as cidades possam crescer, precisamos de mais oferta de habitação para que os preços possam ser mais atractivos, precisamos de tornar as decisões mais flexíveis e deixarmos para trás o excesso de burocracia que afugenta qualquer investidor ou quem, simplesmente, queira viver em Portugal e que, para um simples licenciamento, se vai ver afundado em pedidos, taxas, entidades diversas e muito, muito tempo. Podemos continuar a fingir que não estamos a ver que em cada cidade já temos uma “pequena Odemira”, podemos continuar a arranjar desculpas pontuais para cada caso isolado passado com trabalhadores estrangeiros em situação vulnerável, rotulando-os com grandes chavões, podemos constituir comissões de análises e de investigação, podemos continuar a tirar selfies com as vitimas estrangeiras de cada assalto ou incêndio, ou podemos, de uma vez por todas, assumir as nossas responsabilidades e começar verdadeiramente a criar condições de habitação digna para todos.
Opinião Algarve a Oito Mãos – Competitividade, uma palavra esdrúxula Com-pe-ti-ti-vi-da-de: a acentuação na penúltima sílaba faz com que, gramaticalmente, esta palavra seja classificada como grave. De facto, a falta de competitividade em Portugal é um assunto grave. No entanto, pior do que ser um assunto grave é ser algo que parece fugir à normalidade e que é visto como extraordinário, precisamente uma das definições da palavra “esdrúxula”. Em termos gerais, a competitividade reflecte-se nas qualidades que conferem a um país, empresa ou indústria uma posição de mercado superior à dos seus concorrentes. Existem diversos indicadores que podem ajudar a medir a competitividade, mas não existe uma fórmula única para essa medição. Para aferir a competitividade do país tem sido adoptado o ranking de Competitividade Mundial do Institute for Management Development (IMD) como referência. Este ranking considera 334 indicadores de cada uma das 63 economias classificadas, que assentam em quatro pilares: performance económica, eficiência governativa, eficiência do tecido empresarial e infra-estruturas. O último relatório do IMD, relativo ao ano de 2022, dá nota de que a Dinamarca é o país mais competitivo dos 63 analisados, seguindo-se Suíça, Singapura, Suécia e Hong Kong. Já Portugal ficou na 42.ª posição do ranking em causa, tendo perdido o 36.º lugar que ocupava no ano anterior. De facto, o país registou uma queda nas quatro categorias que compõem a classificação. As piores classificações de Portugal foram registadas nos indicadores relacionados com a política fiscal, práticas de gestão empresarial, economia doméstica e finanças públicas, enquanto os melhores resultados foram registados a nível do quadro social, da saúde e ambiente, da educação e das infra-estruturas científicas. Para o aumento da competitividade nacional, além de alcançar um nível sustentável de dívida pública, os especialistas do IMD apontam como acções críticas a realização de reformas na justiça, saúde, educação e segurança social, bem como o combate ao envelhecimento da população, a baixa taxa de natalidade e a emigração. Neste âmbito, é também importante mencionar a necessidade de uma política fiscal mais favorável às empresas e ao investimento, algo que havia sido mencionado no relatório de 2021. De facto, dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) dão nota de que, em 2022, Portugal foi o terceiro país com pior competitividade fiscal dos 38 Estados. Este resultado não é surpreendente, uma vez que no país parece haver uma “caça” às empresas mais competitivas, algo que se torna evidente quando consideramos a elevada carga fiscal sobre o trabalho, as elevadas taxas de imposto sobre as empresas (IRC) e até mesmo pelo simples facto de existir a figura dos “lucros extraordinários” (algo esdrúxulo). Cabe aqui introduzir, também, a questão dos fundos europeus no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que arrancou no ano de 2022, e do PT2030, que começou formalmente no passado mês de Janeiro. Este é, de facto, o maior pacote de fundos europeus alguma vez atribuído a Portugal e deveria ser aplicado com vista à resolução de problemas estruturais, fomentando um crescimento económico sustentável e uma economia competitiva. No entanto, o país tem mostrado alguma dificuldade em aproveitar esta oportunidade, sendo constantes as chamadas de atenção que o Fórum para a Competitividade tem feito, nas suas notas de conjuntura mensais, relativamente à reduzida taxa de execução do PRR e à forma como isso afecta a competitividade do país. A uma escala regional, os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) dão nota de que a competitividade atingiu em 2020 a maior disparidade regional (considerando o período 2011-2020). A região do Algarve situa-se sensivelmente a meio da tabela, o que significa que tem um árduo trabalho pela frente para se posicionar junto das regiões mais competitivas: Área Metropolitana de Lisboa, região de Aveiro e Área Metropolitana do Porto. Além disso, devemos ter em consideração que o índice de competitividade aferido pelo INE faz parte do Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR), o qual pretende sinalizar o nível de desenvolvimento de cada região com base em três dimensões: competitividade, coesão e qualidade ambiental. Nessa análise conjunta há más notícias para o Algarve, uma vez que os desempenhos abaixo da média nacional nos três subíndices colocam a região nos últimos lugares da tabela, juntamente com as regiões NUTS III Alentejo Litoral, Beira Baixa e Oeste. Sendo os resultados nacionais o somatório de cada região, torna-se imperativo fomentar a competitividade de cada região per se e, em particular, daquelas que actualmente são menos competitivas. Entre várias medidas possíveis, a distribuição dos fundos europeus deve ser feita tendo em vista a homogeneização dos níveis de competitividade entre as várias regiões e de forma a que regiões menos desenvolvidas (e menos competitivas) tenham oportunidade de abandonar essa condição. Esperemos que no ano de 2023 haja um reposicionamento de Portugal e que, além de a sua economia registar uma boa performance, a competitividade deixe de ser esdrúxula e se perpetue. NOTA: Este artigo apenas expressa a opinião do seu autor, não representando a posição das entidades com as quais colabora.
Figura da Semana Carla Alves: mais lhe valia não ter sido secretária de Estado da Agricultura por um dia Pertenceu aos quadros da Câmara de Vinhais durante 23 anos, incluindo 12 em que o presidente da autarquia transmontana era o seu marido, Américo Pereira.