PS João Paulo Correia junta eleitos de Gaia no gabinete A dois anos das eleições autárquicas, a disputa pela terceira maior câmara municipal do país já mobiliza o aparelho socialista. João Paulo Correia, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, escolheu para a sua equipa dois eleitos por Vila Nova de Gaia, mas fonte do gabinete assegura ao NOVO que a escolha “obedece a critérios de confiança e capacidade políticas, técnicas e profissionais”, rejeitando que militar no PS seja um factor decisivo.
Chega Nuno Afonso bate com a porta. “Não havendo hipótese de democratizar o Chega, sigo a minha vida” Antigo braço-direito de André Ventura, Nuno Afonso vai deixar o Chega, partido que ajudou a fundar. “O partido que idealizámos tornou-se um projecto unipessoal, autoritário e antidemocrático, não podia continuar ligado a isso”, diz ao NOVO.
Capas A primeira página do NOVO Descubra as notícias em destaque em mais uma edição do NOVO Semanário, este sábado nas bancas. Saiba também quem é o protagonista da entrevista do NOVO Magazine, o suplemento que acompanha o seu jornal.
MP investiga Ricardo Moutinho por burla qualificada no centro de exposições em Caminha Fonte oficial da PGR revelou ao JE que o MP está a investigar não devolução de 300 mil euros de rendas para pavilhão em Caminha que não existe, após queixa-crime apresentada pela autarquia.
CUF CUF vai investir 50 milhões de euros na construção de novo hospital em Leiria Esta sexta-feira vai abrir portas a clínica da CUF em Leiria, que teve um investimento de oito milhões de euros.
Leopard: acções do fabricante do tanque alemão são das mais atractivas entre investidores Analistas de mercados têm notado uma enorme apetência dos investidores pelas acções da Rheinmetall, sobretudo desde que se iniciou o envio destes equipamentos para território ucraniano.
Centeno contraria tom em Davos com otimismo quanto à economia europeia O governador do BdP discursou no Fórum Económico Mundial para se mostrar confiante numa surpresa positiva quanto ao crescimento da zona euro na primeira metade deste ano, rejeitando a hipótese de uma recessão causada pela subida de juros.
Ministra da Defesa da Alemanha apresentou a demissão “A concentração dos meios de comunicação na minha pessoa durante meses não permite elaborar relatórios e discussões objectivas sobre os militares, a Bundeswehr [forças armadas alemãs], e orientar políticas de segurança que sejam do interesse dos cidadãos alemães”, afirmou Christine Lambrecht durante a declaração à imprensa, em Berlim.
Óscares Portugal consegue primeira nomeação para os Óscares: “Ice Merchants”, de João Gonzalez, nomeado para Melhor Curta-Metragem de Animação O cinema português fez História esta terça-feira, dia em que foram anunciadas as nomeações para a 95.ª edição dos Óscares. “Lobo Solitário” e “O Homem do Lixo” estavam na shortlist, mas não foram nomeados.
Livros Desafio: ordenar seis homicídios espalhados por 100 páginas O britânico Edward Powys Mathers foi um autor de quebra-cabeças que deixou “A Mandíbula de Caim” como legado literário.
Desporto Futebolista do Marítimo acusa agente de Bruno Fernandes de o tentar subornar para perder com o Benfica Caso remonta à época 2015/2016 num jogo em que os encarnados venceram nos Barreiros por 2-0, apesar de jogarem quase uma hora com menos um jogador. Proposta teria sido de 30 mil euros caso estivesse disposto a jogar mal e a não rematar.
“Bayern, Chelsea ou terminamos”: ultimato pôs fim a relação entre Jorge Mendes e CR7 Foi este o ultimato feito por Cristiano Ronaldo a Jorge Mendes quando, na temporada passada, procurava um novo clube, ainda que continuasse a representar os ingleses do Manchester United. Jornal espanhol El Mundo conta a história do final de uma das relações mais profícuas do futebol mundial.
Ranking divulga melhores culinárias do mundo. Saiba em que lugar ficou Portugal A plataforma TasteAtlas divulgou uma lista com culinárias de 95 países. Itália ocupa o primeiro lugar. O ranking gerou muitas reações nas redes sociais, com vários internautas a não concordar com as escolhas, nomeadamente a insurgir-se contra o facto de os Estados Unidos estarem mais bem colocados do que França.
Opinião A Iniciativa Liberal deve ser um partido de princípios Muito se tem falado sobre o futuro da Iniciativa Liberal nos últimos dias, fruto das eleições internas do partido. Algumas opiniões desenham sentenças de morte. Embora não tenha uma bola de cristal, posso afirmar que o futuro do partido continuará a ser de crescimento, não fossem os liberais resilientes e focados num objetivo comum, o de construir um Portugal Mais Liberal. Estou convencida de que há mais pontos que nos unem do que aqueles que nos separam e a prova disso está nos últimos cinco anos. Em apenas cinco anos fizemos um caminho de sucesso. E que caminho de sucesso! Até agora, a nossa curta história é esta. E é extraordinária. Foi perfeita? Não. Mas é certo que nunca será perfeita. E o que aconteceu até aqui foi excelente e ainda pode e deve ser melhorado. Este foi o momento de se fazer o diagnóstico, sem branquearmos a história que nos trouxe até aqui. Uma eleição interna com três bons candidatos à Comissão Executiva levou a um debate de ideias, à discussão de melhorias e a uma verdadeira reflexão sobre o partido e sobre o país, permitindo fazer o diagnóstico certo para trabalhar o futuro. Já somos seis mil liberais que saíram do sofá para mudar Portugal. A Iniciativa Liberal, para crescer ainda mais, precisa de mais organização interna e de mais descentralização. Contudo, o foco, a marca e o sinal distintivo da Iniciativa Liberal é a força com que apresentamos as nossas ideias. É o projeto que temos para Portugal. É o facto de sermos a única força liberal do país, a casa de todos os liberais. É sermos uma luz de esperança num futuro mais risonho, com mais crescimento, mais oportunidades, menos socialismo e livres da ameaça dos extremismos. O equilíbrio entre a necessidade de coesão e os desígnios da expansão, da transparência e da descentralização deve sempre ser ponderado, mas devemos, sempre, pensar nestas questões sem nunca nos alhearmos do verdadeiro motivo que nos trouxe até este ponto. Tem-se falado muito do partido de protesto por oposição a um partido de governo. O que a Iniciativa Liberal deve ser é um partido de princípios. Se tivermos de ser oposição, somos oposição pelos nossos princípios. Se tivermos de protestar, protestaremos pelos nossos princípios. Se os portugueses nos chamarem a governar, governaremos com os nossos princípios. E se nos quiserem impor uma solução que abra a porta a qualquer extremismo, os nossos princípios serão a fechadura que impedirá que essa porta se abra. Quase metade dos portugueses não vota, por princípio, em partidos declaradamente socialistas. Se, nesse espaço, formos a única força que é travão ao populismo e ao extremismo, não só estaremos bem porque estamos com os nossos princípios como seremos também, neste enorme espaço político e também nos demais, o derradeiro e decisivo bastião da liberdade em Portugal. Nunca esqueçamos a ideia que acalenta os milhares de “mãos invisíveis” que construíram a realidade que é hoje a Iniciativa Liberal: essa ideia é a ideia de um país com menos Estado, com mais cidadania, mais iniciativa, mais oportunidades, mais liberdade para ser, para fazer, para sentir, para escolher, para construir, para viver. A ideia de um país livre e solto das amarras de um socialismo que nos oprime. A ideia de um Portugal Mais Liberal. Seguimos juntos, Todos pelo Liberalismo.
Opinião As notícias da morte da IL têm sido claramente exageradas A curta história da Iniciativa Liberal (IL) já está cheia de episódios em que muitos se apressaram a declarar o nosso fim. Quando o primeiro presidente, Miguel Ferreira da Silva, se demitiu, parecia claro que este sonho tinha chegado ao fim. De seguida elegemos o Carlos Guimarães Pinto e o partido afirmou-se ideologicamente e na comunicação pública como um movimento com uma cultura distintiva e refrescante. Elegemos o nosso primeiro deputado e o Carlos Guimarães Pinto demitiu-se logo depois, e novamente nos decretaram o fim iminente e a desagregação interna. Não podiam ter-se enganado mais. O João Cotrim Figueiredo conseguiu consolidar a credibilidade do partido e afirmou a IL como a verdadeira alternativa ao socialismo do PS e do PSD. Com o anúncio da sua demissão e com o ambiente combativo da convenção, parece que o coro de notícias sobre a morte da IL subiu de tom. Primeiro, foi a demissão inesperada. Depois, o surgimento de duas candidaturas concorrentes dentro da sua comissão executiva. O anúncio de que o processo eleitoral iria ser auditado (na realidade, o que foi contratado foi um processo de consultoria para apoio à comissão eleitoral do partido, aprovado por unanimidade entre todas as listas concorrentes à eleição, e não uma auditoria) foi visto como uma prova de conflito e desconfiança interna. Finalmente, a forma assertiva, aguerrida e, por vezes, até visceral como decorreu o debate foi lida como a demonstração pública da guerra interna. Não vou fingir que gostei do tom ou do conteúdo de todas as intervenções – houve muitas que poderiam ter dito o mesmo com outro tom ou outras palavras –, mas, como é costume dizer, entre dois liberais há pelo menos três opiniões: a de cada um e uma terceira que emana do seu debate. E, para ser sincero, já tinha saudades de política com paixão e entusiasmo – do autêntico, não do empacotado recomendado pelas agências de marketing político. E disso não faltou nesta convenção. Um tema que levantou especial polémica foi o confronto entre uma visão mais conservadora, corporizada pela Lista B, e uma visão mais progressista, presente de forma transversal nas restantes listas, com algumas leituras de que se pretendeu cancelar esse posicionamento mais conservador. Aqui importa ver que na primeira entrevista que deu, o cabeça-de-lista da Lista B afirmou que se opunha e pretendia impedir que a IL participasse em movimentos ou manifestações por ele vistas como excessivamente progressistas – ou seja, partiu daqui a ideia de que pretendia “cancelar” essa visão dentro da IL. Ideia que veio a ser reforçada pela moção número cinco, que pretendia eliminar as páginas das redes sociais dos jovens liberais que têm abraçado estas causas mais progressistas. Estas posições alimentaram um debate inflamado, com alguns episódios mais extremos, mas o que no fim resultou claro foi que, sendo a visão mais conservadora minoritária, não deixa de ter voz no partido – aliás, conquistou quatro mandatos no conselho nacional, onde será ouvida. Houve até um membro que, de forma mais explícita, afirmou o que a vasta maioria sentia: podemos discordar da opinião de qualquer pessoa, mas devemos sempre lutar para que essa pessoa tenha o direito a exprimir a sua opinião. A IL definiu claramente o seu posicionamento político, desde o primeiro momento, como um partido liberal de centro que defende a liberdade política, social e económica. Nunca aceitaremos uma cultura de cancelamento, venha de quem vier, e isso ficou claro nesta convenção. Estes episódios mais coloridos vão, no mínimo, contribuir para a notoriedade da IL, que é o primeiro desafio que um partido em afirmação tem de vencer. Depois de um primeiro dia mais visceral e com os ânimos mais exaltados, em que se evidenciaram as diferenças, o segundo dia teve, desde a sua abertura, um tom mais conciliador e construtivo, dando o primeiro passo rumo à união que se consubstanciou no discurso de vitória de Rui Rocha, que soube de imediato apelar a essa união. Se formos à essência, acredito que a convenção correu exactamente como devia: foi um processo eleitoral transparente e democrático, acompanhado por representantes de cada uma das 16 listas candidatas aos diferentes órgãos e por um representante da mesa da convenção que não era candidato em nenhuma lista. A consultoria externa assegurou não só a transparência interna como a verificação por entidade terceira dos diversos processos críticos da eleição e mostra que a IL não tem medo de ser escrutinada; pelo contrário, está empenhada na melhoria contínua dos seus processos e na validação da sua democracia interna. As próprias críticas aos atrasos e alegada desorganização não consideraram que a IL tem convenções plenárias – os 2.300 inscritos são membros de base, a vasta maioria sem qualquer experiência política, que pela primeira vez são convidados para a casa da democracia do seu partido. Não são delegados engajados nas estruturas locais e conhecedores dos meandros, são membros de base que estão a aprender como se faz, tal como a própria organização. E sim, foi demorado, houve atrasos, os planos derraparam – a democracia é um processo demorado e exigente –, mas nenhum liberal abdica da democracia em favor da expediência. Fez-se a discussão. Ouviram-se as críticas. Votou-se e todos os eleitos puderam ler nos resultados a mensagem dos membros: confiam claramente na continuidade, mas querem que o partido também olhe para os membros e melhore os seus processos internos. Temos um caderno de encargos exigente. Mais uma vez teremos de provar que as notícias da nossa morte não só estão claramente exageradas como, pelo contrário, este é mais um passo na afirmação da IL como a alternativa ao bipartidarismo que nos tem conduzido à estagnação.
Figura da Semana Carla Alves: mais lhe valia não ter sido secretária de Estado da Agricultura por um dia Pertenceu aos quadros da Câmara de Vinhais durante 23 anos, incluindo 12 em que o presidente da autarquia transmontana era o seu marido, Américo Pereira.