O governo chinês vai, finalmente, aliviar as regras de quarentena no combate à pandemia de covid-19, mesmo quando tem registado números recorde de novos casos, depois da onda de protestos públicos que constituiu a mais visível e generalizada demonstração de desobediência civil desde que o Presidente da China, Xi Jinping, assumiu o poder, há uma década.
Durante a semana, os protestos públicos multiplicaram-se em toda a China, em contestação, primeiro, às regras duras de quarentena que Pequim impõe para cumprir a política de “covid-zero”, mas, depois, evoluindo para a crítica ao próprio regime, desde os cartazes brancos manifestando a falta de liberdade de expressão no país até à verbalização da oposição a Xi Jinping.
Os protestos, feitos na rua, foram de vigílias pacíficas até confrontos com as autoridades, incluindo em Xangai, Pequim e Cantão, as três mais importantes e populosas cidades chinesas.
Os analistas comparam os acontecimentos desta semana ao que se passou em Hong Kong, em 2019 e 2020, onde houve confrontos por uma maior autonomia do território, mas também pelo que ocorreu na Praça de Tiananmen em 1989.
Leia o artigo na íntegra na edição do NOVO que está, este sábado, dia 3 de Dezembro, nas bancas.
