Jair Bolsonaro regressou esta quinta-feira ao Brasil, depois de três meses na Florida, nos Estados Unidos, para onde viajou a 30 de Dezembro do ano passado, penúltimo dia do seu mandato. O ex-Presidente perdeu as eleições para Lula da Silva e não compareceu na cerimónia de tomada de posse do sucessor.
A agência Reuters avança que Bolsonaro saiu de Orlando na madrugada desta quinta-feira e aterrou no Aeroporto Internacional de Brasília às 6h36 (hora local, menos quatro horas do que em Lisboa).
O ex-Presidente brasileiro viajou acompanhado de três assessores e, à chegada ao Brasil, tinha cerca de duas centenas de apoiantes à sua espera.
Bolsonaro pretendia discursar perante os apoiantes e, depois, fazer o trajecto entre o aeroporto e a sede do Partido Liberal num carro aberto, mas, por motivos de segurança, a Polícia Federal gorou-lhe os planos.
Antes de partir dos Estados Unidos, Bolsonaro disse à CNN que não regressa para liderar “nenhuma oposição”, uma vez que, acredita, o executivo de Lula da Silva é “uma oposição por si só”. Garantiu, no entanto, que participará activamente na vida do partido, enquanto “pessoa experiente”, negando qualquer possibilidade de vir a colaborar com a administração do actual Presidente brasileiro.
O regresso de Bolsonaro ao Brasil acontece numa altura em que está a ser investigado no caso das jóias sauditas. Familiares do ex-Presidente brasileiro já o tinham aconselhado a aproveitar para viajar pela Europa e estreitar relações com líderes da extrema-direita, entre eles André Ventura. Tal deverá mesmo acontecer, visto que o líder do Chega convidou Bolsonaro e outros políticos de extrema-direita a participar, em Maio, num evento que o partido está a organizar.
