O FC Porto está fora da Liga dos Campeões ao empatar, no Dragão, 0-0 na 2.ª mão dos oitavos-de-final frente ao Inter de Milão, que na sua casa tinha ganho por 1-0.
Sem João Mário e Pepe, lesionados, e Otávio, castigado, a tarefa do FC Porto de dar a volta à eliminatória afigurava-se difícil mas não ficou longe de se concretizar.
Sérgio Conceição, percebeu-se, traçou uma estratégia que passava muito por atacar pela certa e conter as transições do Inter de Milão, que deixou uma imagem muito conservadora no Dragão.
Essa idéia de atacar com cabeça, tronco e membros foi respeitada em demasia e deixou o Inter confortável e o campeão nacional algo retraído e isso foi visível durante quase todo o encontro – apenas em remates de fora da área o FC Porto assustou, ao passo que o Inter teve uma investida de Dzeko e nada mais.
O técnico portista começou a entender que o jogo amarrado e o relógio estavam contra as pretensões do FC Porto. Aos 71’ trocou Eustáquio e Evanilson (lesionado) e colocou em campo a criatividade de André Franco e a garra de Toni Martínez. Aos 85’ a última mexida e risco total; as saídas de Uribe e Zaidu para as entradas de Namaso e Wendell. O FC Porto jogava nos limites, queria tentar tudo para seguir para os quartos-de-final da Liga dos Campeões.
E a primeira oportunidade de golo do FC Porto (e do jogo) só surgiu aos 90+5’ quando um remate de Marcano, no interior da grande área, foi salvo em cima da linha por Dumfries. Na sequência, Taremi atirou ao poste e Grujic teve o tal cabeceamento à barra. Inacreditável! Os ferros mataram o sonho do FC Porto e de Portugal ter, pela primeira vez, duas equipas nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.
Sem qualquer patriotismo o FC Porto foi melhor no conjunto dos dois jogos, o Inter de Milão, para os jogadores que tem, fez poucochinho. Pena que Sérgio Conceição não tenha arriscado mais cedo, mas fazer o totobola à segunda-feira todos acertam.