Sevilha é o denominador comum da fantástica epopeia de José Mourinho nas finais europeias que disputou - e ganhou. A 21 de Maio de 2003 venceu o seu primeiro troféu continental na capital andaluza. Na altura chamava-se Taça UEFA e a vítima foi o Celtic. Na quarta-feira, em Budapeste, tem pela frente o Sevilha, recordista de conquistas (seis) na agora denominada Liga Europa.
O homem que eternizou a frase “as finais não se jogam, ganham-se” tem levado esta frase à letra. Foi assim que ganhou, em 2004, a Liga dos Campeões pelo FC Porto, repetindo a dose em 2010, com o Inter de Milão, que não levantava o troféu da prova-rainha há 45 anos. Em 2017 venceu a Liga Europa pelo Manchester United e a verdade é que os red devils, depois disso, mantêm um jejum de títulos europeus. Entre 2010, quando levou o Inter de Milão à glória, e 2022, os clubes italianos não ergueram qualquer taça europeia. Chegou José Mourinho à Roma e isso parece ter bastado para vencer a Liga Conferência em ano de estreia da prova. A Roma, que não sabia o que era ganhar uma prova europeia desde 1961, está na segunda final consecutiva. E, pelo que é dado ver, está com o homem certo. Um triunfo será sempre duplamente festejado: pela conquista e pela entrada na Liga dos Campeões. Depois há uma malapata a quebrar, a das três Supertaças europeias perdidas.
Artigo originalmente publicado edição do NOVO de 27 de Maio