Paula Rego morreu esta quarta-feira de manhã em Londres, disse à Agência Lusa fonte próxima da família. Paula Rego tinha 87 anos e era uma das mais aclamadas e premiadas pintoras portuguesas a nível internacional.
Segundo o galerista Rui Brito, a artista “morreu calmamente em casa, junto dos filhos”.
Marcelo Rebelo de Sousa já reagiu à morte de Paula Rego. Em declarações aos jornalistas, o Presidente da República lamentou a morte de Paula Rego, que considerou uma “artista plástica muito completa”.
“Há longas décadas que Paula Rego não é só muito importante em Portugal ou em Inglaterra, onde vivia, mas em todo o mundo. É uma perda nacional”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, acrescentando que vai entrar em contacto com António Costa para ponderar o “luto nacional”.
Num comunicado, a Câmara Municipal de Cascais e a Fundação Dom Luís I também lamentaram a morte de Paula Rego. A autarquia de Cascais já decretou um dia de luto municipal para esta quinta-feira.
Paula Rego estudou nos anos 60 na Slade School of Art, em Londres, onde passou a viver definitivamente a partir da década de 70, visitando Portugal com regularidade.
Em 2009 foi inaugurada em Cascais a Casa das Histórias, que acolhe parte da sua obra.
Entre os prémios que recebeu ao longo da sua carreira, destaque para o Prémio Turner em 1989 e o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso em 2013. Em 2010, Paula Rego recebeu da Rainha Isabel II a Ordem do Império Britânico com o grau de oficial, devido à sua contribuição para as artes.
Em 2019 foi agraciada com a Medalha de Mérito Cultural do Governo português.