Bruna Quintas: “Fazer só televisão não me diminui enquanto actriz”

Tudo começou com um desfile num centro comercial em Odivelas mas, hoje, Bruna Quintas é um nome seguro da ficção nacional. Podemos vê-la em “Flor Sem Tempo”, na SIC, ela que experimentou muito cedo a representação e a maternidade. Aos 25 anos, a companheira do também actor Guilherme Moura mostra-se disponível para tudo e em todos os formatos. Só pede que os portugueses saibam o que os actores nacionais fazem, porque qualidade não falta.



Inscreveu-se à revelia da sua mãe para fazer um desfile. Estou certo? Penso que foi com as suas primas...
É verdade. Era muito nova. Na verdade, não fui eu que me inscrevi, foram as minhas primas. Eu era muito nova, mas desde muito cedo que queria ser actriz. Não sabia muito bem como seria o percurso, até porque não tinha ninguém perto de mim que fosse da área ou que alguma vez tivesse trabalhado mais na parte das artes. Sabia que queria ser actriz e pronto. Na altura havia castings abertos para, tipo, “Floribella”. E lembro-me que queria muito ir e os meus pais não me deixavam porque era muito nova e porque tinha era de estudar e, paralelamente a isso, começou a haver uns castings em centros comerciais em que, se ficasse pré-seleccionada até às 20 crianças, entrava para a agência. E as minhas primas inscreveram-me sem a minha mãe saber, e eu pensei: “Não, mas eu não quero isto, isto é para tirar fotos e eu não quero tirar fotos, só quero ser actriz.”

Houve uma espécie de bomba atómica em casa?
[risos] Não, porque a minha mãe pensou: “Pronto, está bem, também não vai dar em nada.” Porque eu não tinha jeito nenhum para fotos e, depois, correu bem. Eu ganhei.

De quantas crianças estamos a falar?
Eram muitas crianças e aquilo era num centro comercial, o Odivelas Parque. E entrei para a L’Agence e fiz um casting para a TVI. A minha mãe foi comigo ao casting já contrariada, tipo “Bruna, vai ser desta vez e depois não vens mais”. E eu fiquei. E comecei a trabalhar e pronto. Claro que os meus pais me apoiaram.

Quando se deu a pedra-de-toque para os seus pais aceitarem?
Foi fluindo. E era mesmo uma coisa que eu queria muito. Nunca fui deslumbrada, não me interessava fazer televisão, ser conhecida. Isso também apaziguava muito os meus pais, porque sabiam que eu iria continuar a estudar. Sempre tive vontade de estudar. Queria só fazer uma coisa que me fazia feliz e que me imaginava a fazer para o resto da minha vida. E ter oportunidade também de poder começar tão nova era quase como uma escola. Eu não entendia aquilo como um trabalho, ia ali para aprender.

Mas os seus pais sabiam que tinha esse desejo de ser actriz.
Sim, sim, eu sempre, sempre disse.

Nunca o escondeu, mas os seus pais levavam assim um bocadinho na brincadeira...
Levavam, mas também já me conheciam. Eu dizia que queria ser actriz e depois ia para a faculdade estudar Ciências Políticas. E pronto, assim foi.

Acabou os estudos?
Licenciei-me em Relações Internacionais, não fui para Ciência Política. Achei que seria mais interessante.

Mas isso é uma carreira que está posta de lado? Pensa exercer?
Não, só gostei de estudar.

Está arrumada na gaveta?
Sim.

Vi uma entrevista sua de há alguns anos, a um blogue, em que disse que estava um bocado indecisa porque não sabia se queria ser actriz ou professora...
Professora de quê?

Professora.
Eu imaginava-me muito a trabalhar com crianças mas, hoje em dia, numa perspectiva mais de voluntariado. Sempre tive muito interesse em desenvolver esse tipo de coisas. Talvez por isso tenha estudado Relações Internacionais. Não me imaginava a exercer mas, tendo um trabalho com muita visibilidade, isso pode ajudar-nos a trabalhar numa parte muito mais humana, em que podemos dar mediatismo a causas e desenvolver projectos. E se fosse com crianças, então, ainda melhor para mim.

No tal desfile de que falámos foi modelo?
Foi, mas foi ali, foi um acto isolado.

Nunca teve essa pretensão?
Nada disso, sou uma pessoa disponível para experimentar coisas novas - isso só nos dá skills, não nos retira nada -, mas, de facto, não acho que sinta que tenha aptidão para.

É muito nova e, realmente, começou muito nova em tudo. Começou muito nova como actriz, foi mãe muito nova. Isso é um estilo de vida, gosta de experimentar as coisas o quanto antes?
É viver a vida com outro ritmo. Repare, se começar a trabalhar com dez anos, aos 20, já tenho dez anos de trabalho. Aos 23, aquilo que se viveu não é o mesmo que uma pessoa normal de 23 anos já viveu. Já era independente, vivia sozinha, já tinha estudado, já trabalhava e, então, ser mãe fazia-me sentido. Eu sentia-me disponível para, sentia-me preparada para - se bem que, preparados, acho que nós nunca estamos verdadeiramente, mas tinha essa disponibilidade. Acho que, hoje em dia, também devido a toda a dinâmica de preços de vida, o ritmo da nossa vida é diferente, ou seja, nós chegamos aos 30 anos e estamos a fazer aquilo que os nossos pais fizeram com 20. Temos muito mais espaço para nos descobrirmos, para perceber aquilo que queremos. A vida também não é muito fácil para sairmos da casa dos pais e temos essa dependência. Em termos laborais, também não é fácil termos uma consistência e termos logo uma carreira do tipo “eu saio da faculdade e consigo entrar no trabalho e é um trabalho fixo e eu fico naquela empresa e vou crescendo”. Isso não existe. Sentimo-nos preparados para dar esses passos, hoje em dia, muito mais tarde. No meu caso, acho que, por todo o meu estilo de vida e por tudo aquilo que vivi, com 23 anos, eu sentia-me tipo... eu quero muito ser mãe nova, faz muito sentido ser mãe agora, encontrei uma pessoa de quem gosto muito e que, também para ele, faz sentido.

Mas sempre pensou em ser mãe nova?
Eu achava que ia ser mãe aos 25; fui aos 23, quase a fazer os 24.

A vinda da Matilda mudou muito a sua vida ou mudou mais do que aquilo que pensava que ia mudar?
Muda a partir do momento em que sabemos que estamos grávidas. O nosso chip muda. Às vezes, por ser mãe nova, fizeram-me sentir: “Uau, o que é que tu foste fazer, és tão nova, a tua vida acabou.” Mas não, sinto-me com imensa energia, superdisponível, e é muito fixe que se quebre o estigma e se perceba que uma mulher pode continuar a ser uma mãe incrível e, ainda assim, não tenha de se negligenciar enquanto profissional e negligenciar a sua carreira profissional e as suas ambições. E esse equilíbrio é possível e, felizmente, eu tenho toda uma rede que me permite também continuar a aceitar desafios e a trabalhar e a conseguir gerir tudo.

Como foi a reacção dos seus colegas pelo facto de ter sido mãe aos 23 anos?
Reparei também que tirava leite ou amamentava a sua filha em qualquer lado...Eu gosto de acreditar que, cada vez mais, isso é natural e normal. Quando eu aceitei trabalhar e manter a amamentação, estava muito tranquila com isso. Temos mesmo de normalizar isso para que outras mulheres se sintam confortáveis a fazer o mesmo, ou seja, está tudo certo se uma mulher deseja e se sente mais confortável em ficar em casa com o seu bebé, mas também está tudo certo se, enquanto mulher, se sente preparada para ir trabalhar e quer manter a amamentação. E faz-se essa gestão. Eu senti que fui super bem recebida e super-respeitada.

Vamos falar da sua carreira. De que forma é que o factor sorte influenciou a sua vida profissional?
A sorte trabalha-se. Eu vivo esta profissão de uma forma muito leve. A minha vida não é definida pelo meu sucesso profissional, ou seja, é, de facto, muito difícil enquanto actor ter uma consistência e fazer tudo aquilo que idealizamos, porque não depende só de nós e há muitos factores que não controlamos. Eu sinto-me uma pessoa muito sortuda e muito grata - acima de tudo, muito grata por ter as oportunidades que tenho e por poder fazer aquilo de que gosto, e esse é o meu motor diário. Trabalho com muito amor por aquilo que faço, trabalho com muito respeito por todas as pessoas que me acompanham e que trabalham comigo, mas também faço uma gestão muito simples de que, se, por acaso, não se proporcionar, então eu posso fazer outra coisa. Está tudo certo.

O quê, por exemplo?
Não sei, está tudo bem.

Não tem um plano alternativo?
Não, vivo só disponível. Temos de estar só disponíveis e é assim que eu levo a vida e esta profissão. Está tudo bem, as coisas estão a fluir e correm bem. Esforço-me também, sou muito focada. Mas se, por acaso, correr mal, está tudo bem. Isso não me diminui enquanto profissional, não me define enquanto pessoa e acho que há lugar para todos. Nunca vivi muito angustiada nem deixei que a frustração me consumisse, porque acho que, assim, fica tudo mais pesado.

Mas a sua ambição é seguir a carreira como actriz?
Sim, isso não é posto em causa. Eu quero ser actriz e quero sempre trabalhar como actriz. Mas tenho também consciência de que há muitas coisas que podem interferir.

Tem feito sobretudo televisão. Há uma razão específica para isso ou é uma questão de oportunidade?
Sinto que tenho tido a oportunidade de fazer cinema e fazer séries. Acho que a razão para isso é o nosso mercado: nós não temos assim um mercado tão desenvolvido para cinema e séries, não há assim tantos projectos a acontecer para que seja possível todos os actores fazerem e integrarem os elencos.

Sente-se confortável a fazer telenovelas?
Sim.

Está agora na SIC, na telenovela ‘Flor Sem Tempo”, onde interpreta Mimi. Como está a ser essa experiência?
Está a ser bom, estou a gostar muito, está a ser muito divertido. Tenho colegas incríveis, o que também faz com que tudo seja mais fácil.

Tem um elenco com pessoas com muitos anos...
Sim, o elenco é incrível, está a ser um projecto muito leve. E, quando digo leve, quero dizer que está a fluir muito bem, as pessoas dão-se todas muito bem. O projecto está com boa energia e as pessoas estão a gostar. A história está bem escrita, está bem conseguida, estou a gostar muito.

Sente que tem criado uma relação de proximidade com o público não só com esta telenovela, mas também com as outras em que já entrou?Sim, tenho tido um feedback positivo. Espero que as pessoas gostem, porque o objectivo também é esse.

Um dos seus primeiros trabalhos foram os “Morangos com Açúcar”, uma escola para muitos actores, e, desde aí, quase nunca parou. Também é da opinião que os “Morangos” foram uma pedra-de-toque na ficção nacional?
Eu já tinha feito coisas antes dos “Morangos” e lembro-me que, na altura de fazer os “Morangos” - e eu era criança, portanto, para mim, não significava o mesmo do que, se calhar, para uma Cláudia Vieira ou um João Catarré -, isso significava uma rampa de lançamento, ou seja, mais pessoas iriam ver o nosso trabalho, o que era bom e mau, porque nós sabíamos que muitos seguiam e outros ficavam, e sabíamos que isso fazia parte. Os “Morangos” definiram uma geração tanto de actores como, também, de quem via. Foi um marco, é a base de toda uma geração.

Sente que a sua carreira teria sido igual sem a passagem pelos “Morangos”?
Não consigo definir isso muito bem, porque tinha 12 anos, foi importante para mim, foi incrível e adorei a experiência. Foi uma escola, aprendi muito, cresci muito. E acredito que tenha sido também importantíssimo para dar continuidade ao trabalho que tinha feito até então.

Já fez teatro, inclusivamente contracenando com o seu companheiro, Guilherme Moura, na peça “Alma”, cinema, e faz televisão. Não vou perguntar qual o registo que mais aprecia, mas gostava de saber qual é aquele em que pensa apostar mais no futuro.
Espero que, no futuro, tenha espaço para fazer tudo. Não acho que tenhamos de nos focar apenas numa coisa. Fazer só televisão não me diminui enquanto actriz, mas, para mim, também me acrescenta ter oportunidade de fazer outro tipo de projectos. Gosto de fazer várias coisas. Faz sentido fazer uma novela e, a seguir, fazer um filme ou uma série. Faz sentido experimentar tudo e fazer de tudo. No fundo, eu sou actriz...Com o streaming abre-se um leque que antes não existia.

Sente que há aqui uma janela de oportunidade para os actores portugueses serem reconhecidos também a outro nível, mais internacional?
Sim, sim. Mas é curioso porque, de repente, caímos aqui numa prisão em que só nos sentimos reconhecidos quando conseguimos fazer essa ponte para outras zonas. Isso é incrível e cada vez mais vai normalizar-se. Com a Netflix e o HBO, vai sendo cada vez mais normal haver actores que vão para fora e que fazem projectos, e que voltam. É muito normal. Normalizar isso também faz com que não tenhamos aquele peso de “ainda não aconteceu comigo, será que estou a fazer alguma coisa de errado? O que será que eu tenho de fazer?” Claro que gostaria de ter a oportunidade de experimentar e, acima de tudo, trabalhar para outro tipo de estrutura que dá outras ferramentas de trabalho. Eu vejo sempre como uma questão de skills: se eu, enquanto profissional, tenho a oportunidade de fazer outro tipo de trabalhos que me dão outro tipo de ferramentas, então, claro que eu quero porque isso vai enriquecer-me enquanto profissional e enquanto pessoa.

Já teve alguma oportunidade de entrar em castings para séries ou filmes de streaming?Sim, sim.

O Joaquim de Almeida, numa entrevista que concedeu ao NOVO há duas semanas, dizia que o cinema português é bom, mas tem um problema: vende-se mal lá fora. Há muita gente a ver filmes com línguas difíceis, como o dinamarquês ou o polaco, e o português é tão difícil como essas línguas, mas não tem tanta aceitação a nível internacional. Concorda que é um problema de venda do nosso produto?
Há, de facto, toda uma componente de marketing e de promoção que é fortíssima e que nós, às vezes, ainda temos alguma dificuldade em criar canais que promovam correctamente os produtos que estamos a fazer - não só em cinema como em muitas outras coisas. E isso, às vezes, é tramado para nós, actores. Vamos ver as coisas desta forma: eu faço uma série que é muito boa; se esta série não é promovida como deve ser...

É como se não existisse?
... o próprio público português não sabe que filmes estão a ser feitos, porque estão num nicho muito reservado, e isso condiciona o acesso a esses produtos. Claro que também passa pelo interesse das pessoas mas, numa fase em que nós temos tantas coisas a serem produzidas, em que temos tanta oferta, acho que seria interessante começarmos a criar consistência nesse caminho da promoção e divulgar o nosso trabalho, até porque temos coisas muito boas e actores muito bons mas que, depois, a estrutura não consegue potenciar.

Mas não acha que há um certo preconceito do público português em relação ao próprio cinema português?
Acho que nós somos todos muito preconceituosos, e esse é um dos piores problemas para nós.

Nós, quem?
Todos. Somos preconceituosos entre colegas, somos preconceituosos com um produto que estamos a ver sempre com aquele tom de julgamento “hum, isso não é assim tão bom”. ‘Bora reconhecer aquilo que fazemos, porque também é bom, porque também tem qualidade. Eu gosto de ver o trabalho dos meus colegas.

Acha que estamos perante um problema mais cultural?
Acho, acho mesmo. E que passa muito pelo caminho da educação. Não tem de ser sempre mau, não temos de estar sempre em julgamento.

Como é que isto se altera?
Começando nós próprios a gostar mais daquilo que fazemos e daquilo que os nossos colegas fazem, quando formos essas pessoas mais disponíveis e mais livres para dizer simplesmente “OK, eu estou a fazer este filme porque sou actriz, porque gosto, porque me identifico, porque tenho vontade, sem medo do julgamento, em que o meu objectivo é o produto, é o trabalho”.

Há um grande problema de aceitação/competição entre vocês próprios, actores?
A competitividade existe em qualquer outra área, mas ainda somos muito preconceituosos, ainda nos reduzimos bastante, e não há necessidade. Nós somos bons, temos qualidade, trabalhamos bem. Temos só de começar a estar mais confiantes.

É mãe recentemente, a sua filha é muito pequena. Considera a possibilidade de ter uma carreira internacional?
Sim, claro. Neste momento, como a minha carreira está noutra fase, não é uma coisa que eu esteja propriamente a projectar, mas estou superdisponível e acho que é superfazível também. Levava a minha família comigo.

E em que projectos podemos vê-la no futuro?
Podem ver na novela. Vai haver uma série também, vai haver um filme que não sei quando vai sair cá. Estou nestas três fases. Acho que vai ser um ano muito positivo e estou muito grata.

Qual a sua personagem de sonho?
Não tenho.

Nunca houve aquela personagem que pensasse “um dia vou ter de a interpretar”?
Tenho tido a oportunidade de fazer coisas muito diferentes. Talvez por isso não tenha essa ambição. Já passei por tantas zonas... Já estive mais na parte cómica, no drama... Quando nos dão a oportunidade de fazer coisas muito diferentes, registos muito diferentes, isso acaba por não ser tão um objectivo de querer mesmo fazer aquele tipo de personagem. Mas estou sempre a ver séries em que eu penso, por exemplo, “quem me dera ter a oportunidade de fazer os ‘Peaky Blinders’”. Por tudo aquilo que representa, enquanto actriz e enquanto profissional, é ter a oportunidade de trabalhar de uma forma completamente diferente, muito mais intensa, com outro tipo de ferramentas. Então, obviamente, isso, enquanto profissional, interessa-me.

Ter um companheiro actor ajuda?
Ajuda.

Quais são as vantagens ou as desvantagens, se é que existe alguma?
A vantagem é que, para além de o admirar imenso enquanto pessoa, admiro-o mesmo muito, muito, muito enquanto profissional. Não é por ser meu marido, mas eu acho-o incrível. E, por isso, há muita partilha. Há um entendimento em relação às dificuldades, aos desafios, e às coisas boas também. E isso é bom, porque é um apoio muito grande, é um parceiro. As desvantagens... Às vezes fico mais nervosa [risos] porque a opinião dele é muito importante para mim. Quando ele vai ver, fico sempre muito nervosa.

Não há aquele problema de levar o trabalho para dentro de casa?
Não, porque mesmo que leve o trabalho para dentro de casa, isso não é um problema. Isso ajuda muito. Tanto eu como o Guilherme somos pessoas muito leves na forma como vivemos a nossa profissão e isso também nos ajuda muito. Somos só duas pessoas que fazem aquilo de que gostam, felizes, que encaram o trabalho como todos os outros.

Li algures que tinha como skills o skate e a dança. São talentos escondidos?
Era e sou muito maria-rapaz, cresci a brincar na rua. Estava sempre a andar de bicicleta, sempre toda esfolada, e houve uma altura que pensei em andar de skate. Então, andei um bocadinho, mas nunca desenvolvi muito. Dança... gosto muito de dançar, até tenho algum jeito, mas para dançar em festas caseiras.

Pode dar jeito quando entrar num musical...
Eu acho que o meu problema num musical não seria a dança, mas cantar. [risos] Não canto bem, mas toda a parte da fisicalidade é importante. O corpo é o nosso instrumento.

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