Um grupo de líderes indígenas advertiu que 26% do ecossistema da Amazónia foi irreversivelmente destruído pela desflorestação, tráfico de drogas e contaminação. “Para nós, anunciar que 26% da Amazónia está contaminada e destruída é muito alarmante”, disse à agência de notícias AFP o venezuelano Gregorio Mirabal, líder da Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazónica.
Reunidos em Lima, no Peru, para a 5.ª Cimeira dos Povos Indígenas, líderes e investigadores amazónicos dos nove países apresentaram um relatório que mostra que a Amazónia está num ponto sem retorno devido às elevadas taxas de desflorestação e degradação. O relatório defende que os restantes 74% da Amazónia requerem protecção imediata.
“Os governos disseram que iriam salvar a Amazónia, mas estes números mostram que não estão a cumprir as suas promessas”, aponta Mirabal.
Outra questão também discutida na cimeira foi o assassínio de defensores e líderes amazónicos, que aumentou para mais de 280 nos nove países cobertos pela floresta tropical.